sábado, 20 de agosto de 2011

Canela...muito mais que uma especiaria


Você sabia que esta delícia possui componentes como fibras, minerais e vitaminas? Sim, vitaminas como a C, tiamina, niacina, mucilagem, ferro, potássio, sódio, ácidos, óleo essencial, taninos, cálcio e fósforo entre outros.

No Brasil, são cultivadas a canela verdadeira (cinnamomumverum, C. zeylanicum), mais clara e com sabor adocicado e suave, muito utilizada na culinária, além da canela-de-cássia ou canela-da-china (C. aromaticum, C. cassia), com sabor mais picante, originárias do Ceilão e costas do Indostão.

Largamente utilizada em vinha d’alhos, picles, doces, canjica, mingaus, quentão, chocolate quente, ponche, vinho quente, café, tortas, pastéis, panetones, entre outros. Além de dar um sabor especial a chás, frutas in natura ou assadas, pães e bolos.

Para nossa felicidade, este condimento tão saboroso possui inúmeras boas propriedades, dentre elas: antiespasmódica, adstringente, afrodisíaca, cardiotônica, antioxidante, hipoglicemiante e anti-obesidade, como vem sendo demonstrado por diversos estudos.

Além disso, é indicada como tônico geral e tônico digestivo, para digestão lenta, cansaço em geral e desconforto no abdômen.

Estudo relata ainda, atividades expectorantes, antivirais e antibacterianas, além de inibir o complemento, fator que existe no sangue e acentua o processo inflamatório. Portanto, seu chá pode ser utilizado em casos de gripes e resfriados.

É excelente também para estimular a digestão e evitar flatulência. E a eficácia de seu óleo essencial já foi comprovada contra diversas bactérias.

O consumo de extrato aquoso de canela proporciona redução do Percentual de gordura e Aumento da massa magra em indivíduos com síndrome metabólica.

Na Alemanha, o uso da canela para tratamento de falta de apetite, dispepsias comuns (problemas digestivos) e cólicas abdominais e menstruais, foi aprovado.

Aos diabéticos: estudiosos descrevem que o consumo de 1 a 6g de canela durante 40 dias por pacientes diabéticos tipo 2, promove a redução da glicemia de jejum e do colesterol total, melhora a tolerância a glicose e a sensibilidade a insulina. O que é uma boa noticia também para as portadoras de ovários policísticos.

O cromo e os compostos fenólicos presentes neste condimento é que tem sido postulados como os possíveis responsáveis por essas melhoras. Isso por que promovem a sinalização adequada de insulina através do aumento da atividade da fosfatidilinositol 3-quinase (PI3K), que potencializa a ação deste hormônio.

Em estudo recente feito por Qin et al., constatou-se que a canela exerce importante papel na expressão genica que envolve vias de sinalização da insulina, de lipoproteínas e da inflamação. O extrato aquoso foi suplementado em hamsters com dislipidemia induzida pelo TNF-alfa, uma citocina pró-inflamatória associada a obesidade, e a suplementação inibiu a supersecreção pós-prandial de apolipoproteina nos enterócitos. Portanto, notamos que a canela exerce ainda, papel no controle do colesterol, na redução de gorduras e de inflamação.

Apesar de não muito comum, há relatos de dermatite de contato causada pelo consumo de produtos contendo canela. Portanto, recomenda-se que pessoas sensíveis não façam uso desse condimento.

Utilize a canela em suas frutas, chás, bolos, vitaminas, café, etc. Se polvilhada sobre pratos ricos em carboidratos e açucares, ela reduzira o tempo de esvaziamento gástrico bem como a glicemia após a ingestão desta refeição. Mas atente para não exceder o consumo de 2g ao dia.

Referências Bibliográficas:

  1. NAVES, Andréia. Nutrição Clinica Funcional: modulação hormonal. São Paulo: Valéria Paschoal, 2010.
  2. NAVES, Andréia. Nutrição Clinica Funcional: obesidade. São Paulo: Valéria Paschoal ltd. 2009
  3. BOTSARIS, Alex. Fórmulas Mágicas: como utilizar e combinar plantas para o tratamento de doenças simples. 5ª ed. Nova era: Rio de Janeiro, 2008