terça-feira, 22 de novembro de 2011

Os ciclos que regem a vida...


Todos os fenômenos da natureza são regidos por ciclos e possuem um ritmo próprio. Temos ciclos nas marés, os ciclos dos dias e noites, os ciclos das estações, os ciclos da respiração, circulação, digestão, sono, etc. A compreensão e o respeito a tais ciclos naturais podem contribuir grandemente para uma vida mais saudável e harmoniosa.

As mais antigas culturas da raça humana sempre observaram que a mulher é regida pelo ciclo lunar: a gestação dura 9 luas (9ciclos lunares), o número de partos normais aumenta nas mudanças de suas fases, o ciclo menstrual regular dura 1 ciclo lunar,(28 dias) e observações em comunidades primitivas mostraram a tendência das suas mulheres a sincronizarem os ciclos e menstruarem durante a lua cheia.

Procurar observar o nosso ritmo e ajustá-lo aos necessários ciclos vitais é essencial para se viver melhor. Se a pessoa é ansiosa, agitada -ou seja- se ela tem um ritmo mais acelerado, terá uma tendência a encurtar os seus ciclos de atividade, trazendo um desnecessário desgaste energético e aumento do stress.

Por outro lado, se ela é vagarosa e contida se imporá um ritmo mais lento e irá alongar os seus ciclos e render aquém do que é necessário, gerando tensão e, da mesma forma, aumento do stress.

A tomada de consciência do nosso ritmo nos permite direcionar nossos esforços no sentido de exercer um maior controle sobre ele, adequando-o às necessidades do momento e obtendo melhores resultados para nossa vida.

 Para alguém de ritmo mais rápido e impaciente, o simples exercício de passar a comer devagar e mastigar bem os alimentos, contribui muito para uma tranqüilização interior e maior serenidade. Já uma pessoa mais lenta e vagarosa pode buscar uma arte marcial como o karatê ou Tae Kwon Do, como uma forma de exercitar a sua cinésica e se tornar mais ativo e com maior e melhor capacidade reativa.

Uma das grandes causas de enfermidades é o desrespeito aos ritmos orgânicos. Existem momentos em que o corpo acentua o desejo de evacuar e se a pessoa, por qualquer motivo, resistir e não atender tal necessidade fisiológica, irá inibir o reflexo da defecação e poderá passar a ter prisão de ventre, caso isso seja freqüente.

Uma pessoa que, por necessidade ou vontade, passe muito tempo dormindo pouco, terá dificuldade em voltar a dormir bem. Temos visto notícias de garotas anoréxicas que, por medo de engordar, passam a reduzir a quantidade de alimento e a partir de um certo ponto, mesmo que queiram, não conseguem mais se alimentar.

Em um livro intitulado Blueprint for immortality o autor, Dr. H.S. Burr, diz “o homem é parte integral do cosmos, submetido à suas inflexíveis leis e um participante no destino e nos objetivos do universo”.

Quanto mais nos harmonizamos com essas leis cósmicas, quanto mais respeito temos pelos ritmos e ciclos da natureza, quanto mais consciência ecológica adquirimos, mais facilidade teremos para conseguir uma harmonia interior que resulta em paz e tranqüilidade, virtudes necessárias ao bem viver. Citamos a consciência ecológica, não dentro do modismo dos movimentos preservacionistas, mas dentro da raiz etmológica “Oikos”, que significa “casa”.

A grande casa terrestre em que vivemos e também a casa orgânica que nos foi dada por empréstimo como morada espiritual e instrumento de evolução e do qual temos a obrigação de zelar, manter, aprimorar – o nosso próprio corpo.

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