segunda-feira, 11 de junho de 2012

Musculação: uma arma contra a Osteoporose...




Na fase adulta, tanto as mulheres como os homens sofrem uma perda gradativa de massa óssea, que se inicia a partir de 35 e 55 anos de idade respectivamente. Esta perda denomina-se OSTEOPENIA e quando não é administrada com boa alimentação, exercícios físicos e cuidados médicos, pode tornar-se OSTEOPOROSE, uma doença caracterizada pela deterioração microarquitetural da estrutura óssea que torna os ossos porosos sujeitos `a fraturas. Os locais mais afetados são: vértebras lombares, quadris (colo do fêmur) e punho. Esta doença pode ser detectada através do exame Densitometria Óssea, que verifica a densidade mineral óssea (Normal, Osteopenia ou Osteoporose). Alguns fatores de risco contribuem para o desenvolvimento desta doença, pois impedem ou prejudicam a absorção e fixação do cálcio nos ossos:

1- Ser sedentário, pois não praticar exercícios contribui para uma baixa massa óssea e muscular, tornando os ossos mais frágeis.
2- Ter um histórico de má alimentação, em especial, deficiência de cálcio e vitamina D. Pois esta vitamina tem a função de absorção do cálcio;
3- Não se expôr ao sol. Esse fator de risco está relacionado ao fator supracitado, já que os raios solares tem a função de fixação da vitamina D.
4- Fumantes. As substâncias químicas do cigarro atrapalham a absorção do cálcio, além dos diversos males para todo o organismo.
5-  Consumo de cafeína em excesso, já que esta substância diminui a absorção do cálcio.
6-  Menopausa precoce nas mulheres (deficiência de estrogênio, hormônio que leva o cálcio para os ossos).

Musculação na prevenção e tratamento de Osteopenia e Osteoporose:

Para manter a massa óssea (densidade mineral óssea), é necessário, além de uma dieta rica em cálcio (por exemplo: queijo branco, leite, iogurte, soja e peixe) uma constante estimulação dos ossos através de exercícios com impacto e tração sobre os mesmos. A Musculação é a modalidade mais adequada por possuir essas 2 características. Por exemplo: os exercícios com os pés apoiados, como agachamento e leg press, provocam impacto nas articulações dos joelhos e quadris, assim como aqueles sem o apoio dos pés, como a cadeira extensora e a mesa flexora, provocam tração. Para todas as articulações, existem exercícios essenciais para a manutenção e aumento da massa óssea, através da tração e impacto que provocam. Por isso, um programa de musculação para todos o grupamentos musculares traz benefícios aos ossos, além da estabilidade articular gerada pelo fortalecimento muscular, prevenindo quedas e lesões.

Um exemplo destes benefícios, pude constatar em um pequeno estudo de caso que elaborei em 2003, no Rio de Janeiro, com 10 alunas iniciantes sedentárias de 60 a 67 anos, que apresentavam Osteopenia e Osteoporose, teve a seguinte conclusão: praticar musculação de 3 a 5x/semana, por 45 a 60 minutos de duração, durante 6 meses, aumenta significativamente a massa óssea em ambos os casos e quem sofria somente de Osteopenia, passou a ter uma densidade mineral óssea em níveis normais e quem sofria de Osteoporose, passou a ter uma leve Osteopenia. Este resultado foi obtido através de 2 exames de DENSITOMETRIA ÓSSEA, realizados respectivamente antes de iniciar o programa de musculação e após 6 meses de treinamento, sem suplementação de cálcio e reposição hormonal. Portanto, 6 meses é um prazo significativo para se obter excelentes resultados na densidade mineral óssea e o ideal é continuar praticando para melhorar ainda mais esses resultados.

REPOSIÇÃO HORMONAL

Quando a mulher entra na fase da menopausa, a concentração do hormônio estrogênio (que tem a função de transportar cálcio para os ossos) diminui no organismo. Esta baixa concentração hormonal pode gerar uma carência deste mineral, e por consequência, uma baixa espessura e densidade mineral óssea. Por isso, a Osteoporose é tão temida nesta etapa de vida da mulher.

A reposição hormonal é um tema muito polêmico e discutido quanto aos seus benefícios e malefícios `a saúde. Diversos artigos sobre este procedimento relatam o aumento de riscos de doenças cardiovasculares e tumores, e devido a estes riscos, outras opções para substituí-la vem sendo indicadas por muitos médicos especialistas em fitoterapia, homeopatia e em medicina ortomolecular, de acordo com cada caso e necessidade, e com a vantagem de não oferecerem danos a saúde.

Outro ponto de vista de extrema importância é o da PREVENÇÃO desta doença (e de todas em geral), através de uma alimentação equilibrada rica em cálcio e vitamina D, proteínas e gorduras de boa qualidade e carboidratos de origem integral, frutas, legumes e verduras orgânicos, suplementação adequada e orientada, além da prática regular de exercícios ao longo da vida. 









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