quinta-feira, 25 de outubro de 2012

GH - Hormônio do crescimento - Altamente benéfico quando BEM indicado/utilizado


Excelente artigo do Dr. Victor Sorrentino, reproduzido aqui sob autorização do mesmo, que esclarece bem sobre o GH, desmistificando seu uso e mostrando os vários benefícios da sua modulação consciente.
Boa leitura!

Link para o artigo original:


Acredito que desta vez o assunto será muito interessante para a maioria de vocês leigos, ao passo que controverso para muitos médicos. Mas amigos, a verdade é que não existe nada de controvérsia. Acontece que os mitos foram surgindo na medicina e os paradigmas que se criam indevidamente na saúde acabam por espalhar literalmente informações cheias de incoerências e inverdades. E como sempre digo, quem sofre ao final disso é a população.

Por incrível que pareça, o tema não é voltado para “marombeiros” como você sempre ouviu, mas para TODOS os que desejam compreender aspectos hormonais da saúde e as nuances que se tornaram obstáculos e cegaram a comunidade médica, fechando a mente e interrompendo a busca do entendimento holístico do corpo humano e da longevidade.

Tenho certeza de que vocês se surpreenderão ao lerem este artigo e tomarem ciêcia de que este hormônio tem sido usado na atualidade para uma gama imensa de situações, trazendo um leque de benefícios na saúde das pessoas.

Quero que vocês saibam que aquela concepção datada da década de 50 de que só as mulheres necessitam de algum tipo de reposição hormonal, pois vivem inevitavelmente a menopausa próximo aos 50 anos, já está definitivamente ultrapassada. Os declínios hoje são muito mais precoces, devido ao aumento de agressões que somos expostos diariamente, desde agrotóxicos, metais pesados, drogas, stress, ate sedentarismo e já podem se iniciar hoje a partir dos 25, 30 anos de idade. E se nós esperarmos chegar aos 50, poderemos estar em prejuízo evidente e notório.

Nossos hormônios são produzidos a partir de colesterol e proteínas, elementos que devem estar presentes em nossa nutrição, portanto os declínios obviamente não são causados tão somente pelo envelhecimento, mas sim pela base fundamental de produção também, os próprios alimentos. É por isso que o médico de hoje em dia NECESSITA conhecer e estudar cada vez mais esta área da medicina que relaciona nutrição com o funcionamento metabólico e a genética, denominada NUTRIGENÉTICA.

Os dados atuais e a prática clínica aprofundada na área da Modulação Hormonal tem nos mostrado realmente que estamos pagando um preço muito alto por estarmos vivendo em um mundo onde todos nós estamos submetidos a influência dos alimentos industrializados, além de sofrermos todas as agressões diárias pelas toxinas que até mesmo no ar que respiramos estão presentes e cronicamente vão prejudicando o funcionamento adequado de nosso organismo. Os declínios hormonais estão de fato ocorrendo muito antes do que seria biologicamente previsível, os 30 anos.

São constatações extremamente preocupantes, pois estamos simplesmente envelhecendo por completo nosso corpo e a única busca de grande parte da medicina hoje, é em esperar que as pessoas cheguem à doença para aí sim, iniciar tratamentos medicamentosos com drogas que simplesmente enganam os sintomas e de fato não resolvem a causa básica do problema. É fundamental que os tratamentos devam ser realizados muito antes da ocorrência da doença, atingindo o ponto fundamental dos problemas. E hoje já é possível isto, através da suplementação nutricional, modulação hormonal, exercícios físicos moderados e combate ao excesso de radicais livres. Pois é amigos, são medidas simples que não deixam uma pessoa adoecer.

Mas antes de começar a falar sobre o assunto principal, quero fazer uma constatação junto com vocês, até para evitar aquela velha e “manjada” pergunta: mas não seria o processo natural que envelhecêssemos e perdêssemos nossos hormônios, portanto “perigoso” brincar com a natureza e pensar em repor estas substâncias?

Ora, a resposta é muito simples. Primeiramente não é natural que vivamos tanto, esta é que é a verdade. Pensem comigo, o ser humano só ultrapassou a expectativa de vida de 50 anos na década de 30 e hoje ela é de 80 anos. Mas na natureza, somos os únicos seres que estamos ultrapassando a máxima de nascer, procriar e morrer. A expectativa de vida dos animais coincide com a idade em que eles não podem mais se reproduzir, ou seja, quando têm suas pausas e não mais são capazes de gerar outra vida.

Não estou dizendo aqui que deveríamos morrer, mas quero que vocês pensem comigo que se não é natural repor os hormônios, também não deveria ser natural fazer uma cirurgia para remover um câncer, muito menos fazer uma pessoa com diabetes viver as custas de medicamentos, outra com hipertensão e problemas cardíacos viver as custas de drogas diversas, da mesma forma aqueles com doenças degenerativas e assim por diante, não é mesmo?

Aliás, mil vezes menos natural uma pessoa depender de drogas absolutamente diferentes de qualquer substância existente no corpo humano pelo resto de sua vida, do que pensar em repor o que está faltando, esta é a verdade!

O Hormônio do Crescimento é o mais abundante hormônio liberado pela hipófise. Sua produção ocorre em picos com maior intensidade à noite, durante a fase de movimentos rápidos dos olhos (REM) e em picos menores, durante o jejum e após exercícios físicos, a exceção de determinados exercícios físicos que são capazes de provocar picos muito altos também.

O que o diferencia o GH dos demais hormônios é que, enquanto os outros agem principalmente de forma preventiva, detendo o avanço do envelhecimento e trazendo benefícios fundamentalmente na saúde de cada indivíduo, o Hormônio do Crescimento age principalmente revertendo alguns efeitos do envelhecimento, além de retardar seu ritmo de evolução que normalmente traz consigo uma série de limitações atreladas a seu processo. É por isso se costuma dizer que o Hormônio do Crescimento atua “atrasando o relógio biológico”.

A pausa da produção do Hormônio do Crescimento, conhecido pela sua sigla em inglês, GH –de Growth Hormone é uma das muitas pausas hormonais que ocorrem no corpo humano e sempre foi cercada de muito preconceito. Produzido pela hipófise (glândula localizada no cérebro) e convertido no fígado à sua forma ativa – a Somatomedina C – a deficiência do GH no indivícuo adulto leva à somatopausa, nome em alusão a deficiência da Somatomedina C no organismo. E esse declínio fisiológico do Hormônio do Crescimento em função da idade está diretamente associado aos muitos dos sintomas do envelhecimento, afetando a função física (menos força, flexibilidade e resistência cardiopulmonar), da função reprodutiva (redução na performance sexual e libido), imunológica (maior susceptibilidade a doenças como infecções virais e bacterianas, além de maior incidência de câncer) e na composição corporal (perda de massa corporal magra e aumento da gordura corporal).

Outros resultados relacionados à queda do GH com o passar dos anos são o surgimento de rugas, além de sintomas bem mais graves, como doenças cardiovasculares, osteoporose, depressão e insônia, entre outros.
Bem, mas o a boa notícia é que existem meios de se detectar o quanto o corpo de cada indivíduo está produzindo deste hormônio e portanto, na medida em que sabemos das implicações que tal substância pode ter na saúde, se torna importante que esta medida seja detectada em diversas situações.

Importantes estudos têm demonstrado que o IGF-1 pode ser uma ferramenta efetiva no diagnóstico para o acompanhamento da produção adulta de GH. Este marcador bioquímico tem níveis sanguíneos esperados que variam conforme a faixa etária para cada indivíduo, mas está absolutamente comprovado que aqueles que apresentam níveis elevados gozam de inúmeros benefícios para sua saúde, tais como fator de prevenção para:
- Doenças cardíacas crônicas,
- Risco de doença cardíaca isquêmica
- Câncer cervical
- Câncer de Próstata
- Osteoporose

Por outro lado, indivíduos com níveis baixos de IGF-1e condições como doença cardíaca crônica e/ou isquêmica, síndrome metabólica, com aumento de gordura viceral, diabetes tipo 2 e aterosclerose têm um aumento de sua mortalidade, em comparação aos mesmos quando têm níveis elevados de IGF-1. Estudos demonstraram que a obesidade endêmica no mundo moderno e que tem sua prevalência aumentada também em nosso país, ano após ano, é agravada e cursa praticamente sempre com níveis baixos de produção do Gh associado a um estado de hipoleptinemia (diminuição funcional do hormônio da saciedade).

Outros estudos demonstraram ainda que a administração de GH em pacientes HIV positivos reduz o acúmulo de gordura abdominal e viceral, provoca uma diminuição de triglicerídeos e melhora na função diastólica; demonstrou-se também os benefícios cognitivos importantes em indivíduos com demência.

Vou resumir para que vocês possam ter idéia da quantidade imensurável de estudos que já foram e continuam sendo realizados. O Hormônio do Crescimento (hGH) já foi relacionado em trabalhos científicos com:
- CÉREBRO: MELHORA DO HUMOR E COGNIÇÃO
- CORAÇÃO: MELHORA DO FLUXO E DÉBITO CARDÍACO
- CARÓTIDAS – INIBE FORMAÇÃO DE PLACAS
- PULMÕES: MELHORA FUNÇÃO PULMONAR
- CONTORNO CORPORAL: MELHORA COMPOSIÇÃO DE MASSA MAGRA EM RELAÇÃO A MASSA GORDA, DIMINUINDO GORDURA
- EXERCÍCIO: AUMENTA CAPACIDADE AERÓBICA
- SISTEMA IMUNE: MELHORA
- PELE: EFEITO “REJUVENESCEDOR”

A realidade hoje mudou completamente e o conhecimento na saúde não é mais só privilégio de médicos. Com a internet e a quantidade cada vez maior de informações disponíveis, o conhecimento foi universalizado, democratizado. Não há mais espaço para soberba do médico em ser o dono da razão, o senhor da sapiência, até porque está acontecendo cada vez mais de pacientes chegarem aos consultórios médicos sabendo praticamente tanto quanto o próprio médico a respeito de sua doença. Para os que ainda não conhecem, o Google mesmo tem um endereço que relaciona todos os estudos científicos, chamado Google acadêmico (faça a procura que é extremamente simples).

Saibam que somente no Google acadêmico/científico existem mais de 500 artigos, com mais de 1500 citações relacionando “growth hormone & Anti-aging”! E vocês irão escutar ainda profissionais da área da saúde dizendo que faltam estudos… o que falta é tempo destes mesmos estudarem, isso sim!

A verdade é que a suplementação com o GH em pessoas que somatopausa pode reverter uma série de sintomas associados ao avançar da idade. Existem inúmeros estudos científicos, cujos resultados podemos observar na prática clínica diária, que mostram que, enquanto outros hormônios que têm a produção diminuída com a idade, como o estrogênio, a progesterona, a testosterona, a melatonina e o DHEA podem ser repostos para deter alguns dos efeitos do envelhecimento e buscar evitar o aparecimento das condições maléficas que o acompanham , o GH pode ir além. Sua reposição em adultos apresenta uma melhora substancial na qualidade de vida do paciente.

Estudos científicos surgidos a partir da década de 90 apontam o hGH como de grande valia na melhora da qualidade de vida e longevidade. Um bom exemplo dos resultados positivos da reposição do hormônio em adultos é uma pesquisa publicada em 1990 no New England of Medicine. O estudo envolveu indivíduos com mais que 60 anos, que receberam, durante seis meses, doses subcutâneas diárias da substância. Ao final do período, além de muito mais disposição física, os pacientes apresentavam também aumento de 12% na massa muscular e redução de 9% na massa gordurosa. A sequência de estudos realizados a partir deste primeiro não só ratificou os achados iniciais, mas tem reforçado a tese de que o hGH é excelente aliado quando se trata de melhor qualidade de vida nas idades mais avançadas.

Vamos a conclusão de um outro importante estudo, também publicado neste jornal médico:
NÃO EXISTE DE QUE A TERAPIA DE REPOSIÇÃO COM HGH AFETA O RISCO DE CÂNCER. (Vance,ML& Mauras, N. (1999, October). Growth Hormone Therapy in Adults and Children. The New England Journal of Medicine. Pg 1206-1216.)

Bem, como vocês podem notar, já existem provas de que esta relação com o câncer é simplesmente uma suposição que virou um mito, um paradigma médico e que é usado por 99% dos médicos sem um conhecimento profundo sobre o tema, e que se apóiam em informações repassadas nas universidades sem base científica alguma. Está aí portanto mais um dos mitos que médicos insistem em levar a frente sem se preocupar em estudar o assunto infelizmente…

Obviamente estamos falando em obedecer uma série de preceitos fundamentais e em hipótese alguma que este tratamento seja banalizado como algo que todas as pessoas deveriam receber. Entretanto, os benefícios são inúmeros e é necessário que a possibilidade desta reposição seja avaliada.

Como vocês sabem que trabalhamos com cirurgia plástica e nossa Clínica tem mais de 20 anos de experiência, vocês podem imaginar o quanto estamos tendo avanços devido ao efeito de revitalização da pele causado por este hormônio naqueles pacientes na somatopausa, com diminuição de rugas e da flacidez da pele; sendo assim, utilizamos como potencializador e aliado na prática da cirurgia plástica os resultados se somam e inclusive o estímulo à cicatrização é otimizado.

A reposição do hormônio também melhora outros parâmetros na vida do paciente. Estudos mostram redução do LDL colesterol (colesterol tido como ruim até pouco tempo atrás, quando se descobriu que na realidade existem 11 subtipos desta fração de colesterol que são de fato boas e benéficas) e aumento da presença do HDL colesterol (colesterol “bom”) no organismo, além de estimular a correção da osteoporose, promover a melhora dos ligamentos e articulações, do sono, do humor e da memória.

Acho muito importante ressaltar que a possibilidade de o GH deflagrar o aparecimento de câncer, ou ainda de favorecer o aumento na velocidade de tumores pré-existentes, foi cogitada, mas nunca nada foi documentado ou comprovado, ficando, nos meios científicos, apenas como remota possibilidade. Por outro lado, sabe-se que em doses fisiológicas, o que ocorre é provavelmente o contrário. Trabalhos científicos já demonstraram que o GH tem relação com a boa performance das células NK (do inglês Natural Killer). Conhecidas desde a década de 70, essas a NK tem capacidade de matar células tumorais e infectadas por vírus sem sensibilização prévia.
ESTUDO PUBLICADO NO MAIS IMPORTANTE JORNAL MÉDICO DO MUNDO, NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE CONCLUIU QUE NÃO HÁ NENHUMA EVIDÊNCIA QUE A TERAPIA DE REPOSIÇÃO COM HGH AFETA O RISCO DE CÂNCER, PORTANTO O QUE EXISTE AINDA HOJE NA MEDICINA SÃO SUPOSIÇÕES CONTRA-CIENTÍFICAS.

Amigos, vocês sabem que procuro ser sempre realista e prezar pela honestidade e o “jogo limpo” com vocês, este é meu objetivo ao escrever abertamente neste espaço cibernético, portanto não estamos aqui falando de uma substância milagrosa. Não basta a terapia de modulação hormonal, para se alcançar uma longevidade mais saudável. Fatores externos como dieta alimentar balanceada, exercícios físicos e outras escolhas de estilo de vida também são importantes. É importante que a pessoa incorpore uma rotina regular de exercícios físicos e um regime nutricional equilibrado e bem orientado com o conhecimento da Nutrigenômica, além de efetuar outras modificações apropriadas para se chegar a um estilo de vida saudável.

Enfim, a aplicabilidade deste poderoso hormônio poderia trazer inúmeros benefícios à saúde das pessoas, desde que os médicos se propusessem a abrir suas mentes, mantendo ceticismo e senso crítico racional desprendido de preconceitos obsoletos a respeito do tema. Não estamos falando aqui em simplesmente rejuvenescer, mas quando realizamos o uso adequado, seguindo os rígidos protocolos de administração do hormônio do crescimento, estamos realizando prevenção de doenças e tratando a saúde, no sentido mais amplo desta missão médica. Não prometemos milagres, mas temos o conhecimento real do leque amplo de possibilidades benéficas que esta suplementação é capaz de trazer.

Aconselho para médicos a leitura deste livro:

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