segunda-feira, 30 de setembro de 2013

EXERCÍCIO E PREVENÇÃO DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES ....

A inatividade é uma característica das sociedades modernas, em que o progresso e a tecnologia afastaram a necessidade da atividade física, antes fundamental para a sobrevivência do ser humano.
A associação entre o sedentarismo e a ocorrência de doenças cardiovasculares já foi estabelecida há quase 5 décadas, tendo sido demonstrada uma clara relação de dose e efeito entre a prática de atividades físicas e a ocorrência de eventos coronarianos fatais e não-fatais (p. ex.: infarto do miocárdio, angina do peito, morte súbita, etc.). O tipo de atividade física parece ter pouca relevância na obtenção desse efeito, importando mais o gasto calórico dispendido.
Á medida que aumenta o gasto calórico, diminui progressivamente o risco de um problema cardiovascular. Um gasto calórico superior a 2000 kcal por semana através de exercícios parece não adicionar nenhum benefício na prevenção de coronariopatias. A proteção do exercício se manifesta somente naqueles que estão se exercitando regularmente.
O fato do indivíduo ter sido um grande atleta no passado não confere proteção caso ele tenha voltado a ser sedentário. Ou seja, "exercício não é vacina", que é feita uma vez na vida e a proteção dura para sempre. A chave é manter-se sempre em atividade. As razões exatas para o efeito protetor do exercício regular não são ainda totalmente compreendidas, mas, com certeza, o efeito sobre alguns dos fatores de risco tradicionais é parte importante dessa proteção.
Fatores de Risco para Doença Cardiovascular
Os fatores de risco para doença cardiovascular são os principais responsáveis pelo desenvolvimento das placas de aterosclerose, que entopem as artérias. Dentre os fatores de risco tradicionais, o exercício regular é capaz de influenciar positivamente o perfil lipídico, a obesidade, a resistência à insulina e a hipertensão arterial.
Em relação ao perfil lipídico, ele promove o aumento das lipoproteínas de alta densidade, consideradas como sendo o "bom colesterol" (HDL - colesterol), que é capaz de retirar a gordura que deposita-se no interior das artérias, gerando as placas de aterosclerose. Ele diminui os níveis de triglicerídios e o efeito deletério das lipoproteínas de baixa densidade, também chamadas de "mau colesterol" (LDL - colesterol), responsáveis pelo depósito de gordura dentro das artérias.
Parte do efeito obtido pelo exercício passa pelo controle da obesidade. Os indivíduos que aderem a um programa de exercícios, além de gastarem mais calorias, eles demonstram maior capacidade em seguir uma dieta alimentar, facilitando a perda de peso. Nos adultos, o desenvolvimento de Diabete Melito ocorre pela resistência ao efeito da insulina e não pela falta dela. A insulina disponível, em quantidade suficiente, não consegue fazer com que a glicose (açucar) penetre nas células e possa ser metabolizada.
O exercício diminui essa resistência à ação da insulina, facilitando a entrada da glicose na célula e retardando o aparecimento do quadro de Diabete Melito. Nos indivíduos que apresentam aumento sustentado da pressão arterial e começam a exercitar-se, observa-se discreta redução dos níveis pressóricos, que, em alguns casos, permite a redução, ou mesmo a suspensão da medicação anti-hipertensiva.
Arritmias Cardíacas
A ocorrência de descompassos no ritmo cardíaco, conhecidos como arritmias cardíacas, podem ser, tanto destituídos de qualquer significado clínico, como, em casos especiais, podem representar uma ameaça à vida. Um dos fatores responsáveis pela ocorrência dessas arritmias é a liberação de grandes quantidades de adrenalina durante momentos de grande tensão emocional ou durante exercício físico intenso e abrupto.
O treinamento físico diminui a quantidade de adrenalina que é liberada durante situações críticas, reduzindo o impacto sobre o coração. Um sedentário tem 100 vezes mais risco de ter uma parada cardíaca durante um exercício intenso e abrupto, ao qual ele não esteja habituado. Já um indivíduo bem condicionado fisicamente apresenta um risco apenas 2,5 vezes maior.
Risco de Trombose
O mecanismo principal de vários eventos cardiovasculares é a formação de um trombo dentro das artérias, provocando a oclusão do vaso e a interrupção do fornecimento de sangue. Como esse é um processo dinâmico, á medida que o trombo vai sendo formado, o organismo também vai desfazendo o trombo, através da fibrinólise. Através do exercício regular, é possível promover o aumento da fibrinólise, prevenindo a ocorrência de fenômenos trombóticos agudos, como o infarto do miocárdio.

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.  

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Como as CRISES podem ajudar na sua vida



A crise segundo Einstein:
"Não pretendemos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".
Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la"
Albert Einstein

* Para a grande maioria das crises na vida, é VOCÊ quem transforma-as em oportunidade de crescimento/melhoria ou de derrota/tristeza: depende principalmente de como vocês encara estas crises, como resolve-as e o que extrai delas (TUDO sempre tem algum lado positivo, mesmo que o aprendizado que trouxe!). Lembre-se disso.


E ainda segundo Einstein:

"Não há maior sinal de loucura do que fazer uma coisa repetidamente e esperar a cada vez um resultado diferente."

** Quando o assunto é SAÚDE, o básico para você tê-la e mantê-la ou recuperá-la é melhorar seus Hábitos de Vida, ou seja, como VOCÊ cuida de si e "leva sua vida" no dia a dia ( http://www.ligadasaude.blogspot.com.br/search/label/Hábitos%20Saudáveis%20de%20Vida ); e é claro que dá um pouco de trabalho (e desconforto transitório) mudar seus pensamentos, suas rotinas e condutas mas este é o tipo de crise que tem tudo para ser positiva e trazer-lhe somente benefícios: basta você querer, enfrentar e vencê-la!

Um abraço




quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Por que temos cada vez mais crianças precocemente doentes...



Alguns dos grandes motivos pelos quais temos cada vez mais crianças doentes precocemente, sobretudo por distúrbios imunológicos (como alergias e "ites" diversas) e cada vez mais adultos jovens desde cedo com doenças crônicas (muitas vezes "evolução natural" da sua infância/adolescência já doente):

- Hábitos de vida ruins desde cedo, dificultando o adequado funcionamento orgânico e, "por tabela", dos sistemas de defesa do organismo (afinal, como funcionar direito sem energia e matérias-primas para formar adequada estrutura orgânica?)
- Alimentação ruim prejudicando formação/manutenção de flora bacteriana intestinal adequada, fundamental para equilibrar o sist. imunológico
- "Isolamento" imposto a muitas crianças, assim dificultando sua exposição às infecções que deveriam desenvolver precocemente até para adequadamente estimular e treinar seu sistema imunológico
- Uso excessivo de antibióticos e uso de vacinas, que muitas vezes impedem que o organismo desenvolva sua "imunidade natural" já desde cedo, o que não só imunizaria adequadamente como permitiria respostas adequadas e proporcionais aos organismos que causam infecções, por todo o resto da vida.

Em outras palavras, hábitos ruins, o "isolamento" (citado) e o uso inadequado de vacinas e antibióticos precocemente, já na infância, impedindo a ocorrência das "doenças próprias, usuais da infância" (muitas vezes febris), cria indivíduos cujo sistema imunológico freqüentemente torna-se disfuncional por toda a vida, assim causando e/ou agravando doenças.

Entendido?

* Assistindo tudo isto na excelente palestra do Dr. Marcus Zulian sobre o assunto e muito mais em saúde - vale conhecer mais sobre a obra dele: http://www.icaro.med.br/links-uteis-em-saude/
** VACINOSE ou "doenças causadas pelas vacinas" - saiba mais http://www.homeozulian.med.br/homeozulian_visualizarpublicacaoautor.asp?id=18


terça-feira, 24 de setembro de 2013

O que fazer quando uma criança quebra o dente?

 
Criança gosta mesmo é de brincar, pular, correr e isso envolve também as quedas e traumatismos dentários. As maiores complicações devido a traumas, tanto nos dentes de leite como nos dentes permanentes, acontecem por falta de atendimento imediato e de acompanhamento clínico e radiográfico das complicações no consultório, pelo período de no mínimo 1 ano e 6 meses para os dentes de leite e de 5 anos para os dentes permanentes.
O trauma pode provocar desde uma pequena mobilidade ou amolecimento do dente até o deslocamento da posição original, fraturas de diversos tipos   ou perda do dente. Os pais devem manter a calma e podem oferecer os primeiros socorros pressionando uma gaze ou um pano limpo no local ou pedindo para a própria criança pressionar ou mordê-lo, pois ela sabe o limite de pressão que pode ser feita.  
Depois de estancar a hemorragia, se possível, os pais devem procurar por ferimentos nos lábios, gengivas e língua. O próximo passo é procurar um especialista o mais rápido possível, para que o atendimento seja feito na primeira hora após o trauma, aumentando a chance de sucesso do procedimento.  
Passo a passo: 
1- Ache o dente e pegue pela coroa (evite tocar na raiz);
3-  Para limpar, em hipótese alguma esfregue o dente. Somente o lave em água corrente;
4- Se conseguir, guarde o dente em um frasco limpo com soro fisiológico ou leite ou na própria saliva do paciente (se for criança evite pois pode engolir)  ou da mãe;
5- Procure imediatamente um cirurgião-dentista.
Quando o dente sai parcialmente da posição, quanto mais rápido for reposicionado maiores são as chances de ser recuperado. Quando o dente permanente sai totalmente, quanto mais rápido for reimplantado, maiores serão as chances de sucesso. Se isso acontecer com o dente de leite, o reimplante não está recomendado, mas é muito importante que o profissional examine a criança o mais rápido possível.
No caso de quebrar uma parte do dente e esta parte for encontrada, coloque-a na água filtrada e procure o dentista imediatamente, pois dependendo do tamanho do fragmento, é possível fazer sua colagem no dente, recuperando-o esteticamente. Outro ponto importante é que nestes casos de fratura, a polpa dentária pode estar exposta e precisa ser protegida o mais rápido possível.
Referências:
·  Percinoto C, Côrtes MIS, Bastos JV, Tovo MF. Abordagem do Traumatísmo Dentário. In: Associação Brasileira de Odontopediatria. Manual de Referências para Procedimentos Clínicos em Odontopediatra, 2009. p. 344-376. www.abodontopediatria.org.br

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.  

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Ganhar músculo ou perder gordura?


 
Apesar da atividade física ser fundamental para a saúde devido aos seus inúmeros benefícios, os  objetivos mais procurados na maioria das vezes são: Hipertrofia muscular (ganho de massa muscular), emagrecimento (perda de gordura corporal) e definição (músculos aparentes com baixo percentual de gordura). Ao contrário do que muitos pensam, é praticamente impossível atingir estes objetivos ao mesmo tempo, pois cada um deles requer caminhos diferentes em relação a treinos e dieta. Buscar profissionais qualificados (educador físico e nutricionista) é fundamental para resultados significativos.

HIPERTROFIA MUSCULAR (ganho de massa muscular): Os treinos deverão ser focados na musculação de alta intensidade(no máximo 60 minutos) e acompanhados por uma dieta HIPERCALÓRICA (ingestão de calorias maior que o gasto diário). Os treinos aeróbios por não serem o foco, deverão ser feitos por menos tempo (em torno de 20 minutos) e após a musculação, pois desta forma, se queima mais gordura, e além disso, a musculação realizada antes, será executada com mais eficiência e disposição e o catabolismo (utilização dos músculos como fonte de energia) será evitado.

EMAGRECIMENTO (perda de gordura corporal): Os treinos deverão ser focados nos exercícios aeróbios (mínimo 30 minutos, 1 ou 2 sessões diárias, conforme o grau de condicionamento) e a musculação será para fortalecer as articulações e minimizar a perda de massa magra. A dieta deverá ser HIPOCALÓRICA (ingestão de calorias menor que o gasto diário). E nesta fase, haverá alguma perda de massa magra.

DEFINIÇÃO (músculos aparentes com baixo percentual de gordura): Muitos se enganam, pensando que basta perder a gordura para os músculos aparecerem, mas para isto ocorrer, é necessário haver o % de massa muscular elevado. 

Seguem exemplos muito comuns de diferentes perfis que desejam atingir este objetivo:

1-       O 1º exemplo é o indivíduo magro e com baixo % de massa muscular (magros sem definição): Este deverá primeiramente aumentar a massa muscular (HIPERTROFIA), caso realize o trabalho de perda de gordura antes, certamente perderá a pouca quantidade de músculos que possui, o que não é saudável e nem favorece a estética.


2-      O 2º exemplo muito comum é o indivíduo com alto % de gordura e alto % de massa muscular (“gordinhos(as) e fortes”): Este poderá iniciar diretamente o trabalho de emagrecimento para perder a gordura que recobre os músculos e inviabiliza que sejam aparentes, e após esta fase, havendo necessidade, poderá realizar um trabalho de hipertrofia muscular para compensar a perda ocorrida na fase anterior.

3-    O 3º exemplo é o indivíduo com alto % de gordura e baixo % de massa muscular (“gordinhos(as) e flácidos”): Estes deverão aumentar o % de massa muscular para amenizar a flacidez e acelerar o metabolismo, já que quanto maior o % de massa muscular, maior a TMB (Taxa Metabólica Basal: gasto diário de calorias em repouso, que são utilizadas para nosso organismo funcionar – funcionamento dos órgãos, circulação, respiração, digestão...) e quanto mais músculos, maior será o esforço por parte do organismo para suprir as necessidades energéticas. E estas calorias provem da gordura corporal.

Muitas vezes, as pessoas por não buscarem profissionais, treinam e se alimentam por conta própria erradamente durante anos e por isso não atingem seus objetivos. Pois devido a falta de conhecimento, não sabem identificar suas reais necessidades.

A melhor forma de saber qual trabalho iniciar, é realizando a avaliação da composição corporal (% de gordura e de massa magra - ossos e músculos) na academia ou no nutricionista, para assim, ser detectada a necessidade primária do mesmo.

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.  
 

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Seu celular/tablet pode ajudar no básico-necessário para você ter SAÚDE


Em quase 15 anos de Medicina, notei que a maioria das pessoas peca contra sua própria saúde pelo básico: não dá condições mínimas para seu organismo funcionar direito mas deposita "esperanças demais" em remédios e tratamentos (que quase nunca "funcionam" realmente como deveriam, sem "apoio" do corpo e mente em tratamento); em outras palavras, é impossível ter/recuperar SAÚDE se as bases para ela não são priorizadas: os hábitos de vida mais saudáveis; e entre estes hábitos, 2 são os "mais importantes": tomar água regularmente e alimentar-se direito - MAS são os mais negligenciados!

Pensando na grande maioria dos meus pacientes (e milhares de visitantes do meu site e redes sociais, que já "tentei ajudar à distância", com dicas e sugestões) que também têm dificuldade em implantar e manter estes hábitos em suas vidas diárias, concebi o aplicativo para celulares e tablets "Dr. Ícaro - Gerenciador Saúde".
Para acessar e programar todas as funcionalidades do aplicativo "Dr. Ícaro - Gerenciador Saúde", clique no "botão verde" que está no canto superior esquerdo das telas principais do app - entre os recursos disponíveis: - Lembretes programáveis (quando o app deve te avisar para tomar água, alimentar-se e ingerir seus suplementos/medicamentos) - Posts, textos, vídeos e áudios em SAÚDE - Downloads e Favoritos: para que você possa selecionar seu conteúdo preferido para acessar depois e mesmo "offline" Lembro-lhes que o app está disponível para tablets e CELULARES ANDROID mas também para IPADS e IPHONES, sendo GRATUITO. Para baixar o app, basta procurar por "icaro" na GOOGLE PLAY STORE ou APPLE STORE) ou nos links abaixo: https://play.google.com/store/apps/details?id=br.com.verdesource.icaro&hl=pt_BR https://itunes.apple.com/us/app/gerenciador-saude-dr.-icaro/id698369801?l=pt&ls=1&mt=8 Um abraço e comentários/sugestões são sempre bem vindos, já que a idéia é sempre melhorar o app para todos nós! Quer escrever aqui a sua? Dr. Icaro Alves Alcântara www.icaro.med.br * Já são milhares de downloads, pelos quais agradeço! Afinal, o aplicativo realmente ajuda a viver melhor, via melhor controle/organização da sua rotina diária! ** Agradeço muito se puderem compartilhar e ajudar a divulgar este: afinal, são muitas as pessoas por aí precisando de "uma forcinha" para que possam cuidar-se melhor...




quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Vamos RESPIRAR direito?



Que você está respirando eu já sei, ou não estaria lendo isto!

O problema, entretanto, é que a maioria de nós não respira direito e por isso causa ou piora vários distúrbios em seu organismo: isto porque o oxigênio que vem do ar que respiramos é um dos combustíveis sem os quais nada no corpo ou mente consegue funcionar (os outros básicos são água, alimentação e boa circulação, advinda sobretudo de exercícios físicos regulares); e sem combustíveis, mesmo que na falta de apenas um, qualquer máquina começa a ter seu funcionamento prejudicado, assim desencadeando ou mantendo sintomas e doenças.

E a obtenção de oxigênio via respiração é geralmente ruim por vários fatores: poluição (qualquer “ar viciado” respirado com freqüência, pobre em oxigênio mas rico em gás carbônico – CO2 ou mesmo o monóxido de carbono), tabagismo (ativo ou passivo), stress (tanto ele quanto a concentração excessiva em alguma atividade tendem a superficializar os movimentos respiratórios – por exemplo quando estudamos ou assistimos algo) e doenças (por exemplo a anemia) mas o principal vilão MESMO é o hábito respiratório ruim, ou seja, o mau hábito que a maioria tem de não observar sua própria respiração de maneira mais constante e cuidar simplesmente de... Respirar direito durante todo o dia!

O ideal seria que todos nós adotássemos regularmente práticas que ensinam como e permitem respirar melhor, como Yoga, Meditação, Tai Chi, Lian Gong, Ch'i Kung, Pilates... Mas como esta não é uma realidade possível para a maioria das pessoas, seria interessante pelo menos aprender o básico no assunto mas que seja exeqüível no cotidiano, não? Então vamos a ele:

-       Básico:
Várias vezes por dia, inspire (puxe o ar para dentro) e expire (solte o ar) profundamente (evitando extremos) mas cuide de expirar mais ou menos no dobro do tempo da inspiração

-       Avançado
Procure fazer o procedimento “básico” calmamente mas buscando o máximo da capacidade dos seus pulmões (tanto de encher-se de ar quanto de esvaziar-se), em posição confortável mas que permita à coluna ficar ereta, em turnos de 1 a 5 minutos por vez
* Pessoas mais sensíveis podem sentir alguma tontura após alguns ciclos completos de inspiração-expiração feitos desta forma (pelo grande aumento da chegada de oxigênio ao cérebro) – nestes casos, orienta-se que quantidade menor de ciclos por turno e mais turnos por dia, se desejado.

-       Excelente
Faça o procedimento “avançado” mas ao final de cada inspiração segure o ar nos seus pulmões por cerca de 3 segundos tanto quanto mantenha seus pulmões “sem ar” por 2 segundos ao final de cada expiração). E execute-o em ambiente tranqüilo (se possível com música calma de fundo) e procurando não pensar em nada durante o processo: se vier algum pensamento, tente ativamente focar nos movimentos do seu tórax, nos ruídos de inspiração/expiração, na sensação do ar entrando e saindo, ...

-       Ideal
Faça todo o procedimento “excelente” com freqüência, pelo menos uma vez a cada período (manhã, tarde e noite), todos os dias e várias vezes por semana pelo menos uma destas atividades: Yoga, Meditação, Tai Chi, Lian Gong, Ch'i Kung, Pilates...

Trabalhoso mas possível, não? Faça os procedimentos acima, começando pelo “Básico” e veja como seu bem-estar, saúde e produtividade melhoram!

Boa semana!


terça-feira, 17 de setembro de 2013

Diabetes e Doença Gengival...

 
O Diabetes Mellitus (DM) representa um grave problema pessoal e grande problema de saúde pública, apesar dos avanços no campo da investigação científica. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2030, 300 milhões de pessoas terão este ditúrbio metabólico.
 
Pesquisas sugerem que há uma prevalência aumentada de doenças gengivais (gengivite e periodontite) dentre aqueles com diabetes. Segundo a OMS, a doença periodontal é considerada a sexta complicação crônica da DM; encontra-se presente em cerca de 75% dos casos e pode ser considerada como uma complicação microvascular do diabetes.
 
Além da doença periodontal, as principais manifestações bucais dos pacientes diabéticos não controlados são a xerostomia (boca seca), glossodinia (ardência bucal), distúrbios de gustação.
 
Pesquisas recentes sugerem que a relação entre doenças gengivais e diabetes é uma via de mão dupla. Não somente as pessoas com diabetes são suscetíveis às doenças gengivais, mas esta pode ter o potencial de afetar o controle glicêmico no sangue e contribuir para a progressão do diabetes. A presença de infecções como a doença periodontal leva a estimulação da resposta inflamatória resultando em situação de estresse, que aumenta a resistência dos tecidos à insulina, piorando o controle do diabetes. Pessoas com diabetes tem um risco aumentado para doenças gengivais avançadas porque os diabéticos são geralmente mais suscetíveis às infecções bacterianas, e tem uma diminuição na capacidade de combater as bactérias que invadem o tecido gengival.
 
Dessa forma é fundamental que o cirurgião-dentista participe da equipe multiprofissional que cuida destes pacientes. Uma boa saúde bucal é parte integrante da saúde geral. Para evitar problemas dentários associados ao diabetes, o mais importante é controlar o nível de glicose no sangue através de um acompanhamento médico especializado, cuidar bem dos seus dentes e gengiva e fazer exames minuciosos regularmente no dentista.
 
Referências:
 
American Diabetes Association. Total Prevalence of Diabetes and Pre-Diabetes. Available at http://www.diabetes.org/diabetes-statistics/ prevalence.jsp. Accessed February 29, 2008;
 
American Diabetes Association. Complications of Diabetes in the United States. Available at http://www.diabetes.org/diabetes-statistics/complications.jsp. Accessed February 20, 2008.
 
American Diabetes Association. Type 2 Diabetes Complications. Available at http:www.diabetes.org/type-2-diabetes/complications.jsp. Accessed August 29, 2007.
 
Mealey, BL. Periodontal disease and diabetes: A two-way street. Journal of the American Dental Association. October 2006.
 
American Academy of Periodontology: Periodontal (Gum) Diseases Available at http://www.perio.org/consumer/2a.html. Accessed January 10, 2008.
 
Garcia RI, Henshaw MM, and Krall EA. Relationship between periodontal disease and systemic health. Periodontology 2000. 2001;25:21-36.
 
National Institutes of Health. Oral Health in America: A Report of the Surgeon General. Available at: http://www2.nidcr.nih.gov/sgr/sgrohweb/welcome.htm. Accessed March 12, 2008.
 
American Dental Association. Cleaning Your Teeth and Gums. Available at http://ada.org/public/topics/cleaning.asp. Accessed December 12, 2007.
 

*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.  

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Café melhora desempenho em exercícios físicos, diz estudo da USP...


Pesquisa da Universidade de São Paulo mostra que a bebida tem efeito antioxidante e ainda pode prevenir doenças

 
Consumidores de café tiveram melhor performance atlética e maior tempo de exercício sobre esteira Foto: Getty Images
Estudo feito por pesquisadores da Unidade de Pesquisa Café e Coração, do Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), mostrou que os consumidores regulares de café têm melhor atividade antioxidante no organismo e melhor desempenho em exercícios físicos. Além disso, o produto pode prevenir doenças.
Nos testes de esteira, os consumidores de café tiveram melhor performance atlética e maior tempo de exercício. O resultado foi verificado também nos pacientes coronariopatas, que não apresentaram nenhum evento cardíaco adverso, como angina ou arritmias.
Segundo o diretor da Unidade Clínica de Coronariopatia Crônica do InCor, Luiz Antonio Machado César, o estudo analisou 150 consumidores de café nos últimos cinco anos e continua a ser feito em outras frentes. Foi avaliado o consumo tanto por pessoas saudáveis como em portadoras de doenças cardíacas.
O médico disse que os voluntários passaram três semanas diminuindo o consumo de café ou de outras bebidas com cafeína, até ficarem uma semana sem tomar nada. "Nesse momento, fizemos vários exames, monitoramos a pressão arterial, fizemos eletrocardiograma durante 24 horas e finalizamos com um teste na esteira", disse Machado.
Depois disso, os voluntários receberam uma cafeteira, filtros e foram orientados sobre como fazer o café que beberiam durante quatro semanas - 450 mililitros por dia, cerca de sete xícaras e meia. O tipo de café a ser tomado, com uma torra mais clara ou mais escura, era sorteado.
"Assim, fomos alternando o tipo de café a cada quatro semanas do teste e a cada mês repetíamos todos os exames, comparando o que aconteceu com relação às torras que todos tomaram. O que pudemos observar é que não houve nenhum impacto com relação à arritmia, na variação dos exames de sangue", conta Machado.
Machado explicou que a pesquisa foi feita devido à controvérsia que existe sobre o café fazer bem ou mal e sobre a cafeína ser uma vilã da saúde, apesar de o café não ser só cafeína e sim ser composto por mais de 400 substâncias diferentes. "Há vários estudos mais recentes no mundo que mostram que o café não tem impacto em doentes cardiovasculares. Há outros estudos mostrando que o café está dentro da qualificação dos antioxidantes, prevenindo doenças ou reduzindo seus efeitos", disse.
O médico ressaltou que não há problemas em tomar de três a quatro xícaras de café ao longo do dia, mas que não é recomendável beber o líquido em excesso de uma vez, só deviso à cafeína. "Ao beber muito café, de uma vez, só o indivíduo ingerirá muita cafeína de uma vez só e isso é maléfico, mas o café como o brasileiro está acostumado não faz mal nenhum".
Os estudos são feitos na Unidade de Pesquisa Café e Coração, do InCor, com a colaboração da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Associação Brasileira das Indústrias de Café (Abic). Os testes também deverão ser feitos com café do tipo expresso e com café descafeinado.
*** O Texto acima é de responsabilidade do autor. Para dúvidas sobre o conteúdo do texto, deixe seu comentário ou entre em contato com o autor através dos contatos disponibilizados em sua assinatura.  
 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Recadinho rápido sobre a sua Saúde



As pessoas comumente buscam remédios específicos para sintomas específicos e é nisto que acabam "terminando suas vidas" tomando muitos remédios mas com pouco alívio ou bem-estar.

Entendam que mesmo sintomas "especificos" são, na maioria das vezes, causados por problemas mais "gerais", como hábitos de vida ruins, intoxicações, inflamação, carências de nutrientes… Por que, então, centenas de sintomas específicos diferentes? Simples: é que cada organismo é diferente e por isso vai adoecer de forma diferente, mesmo que as causas sejam "as mesmas".

Ou seja, se você quer ter/manter/recuperar saúde de verdade, sugiro fortemente que antes de buscar remedinhos específicos busque a real melhoria geral nos aspectos citados, ok?

Pense nisso.

Boa semana!
www.icaro.med.br


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Manganês e alumínio são associados a doenças neurodegenerativas...

 
A exposição crônica ao manganês e ao alumínio pode contribuir para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como Parkinson e Alzheimer, indicam diversas pesquisas realizadas em diferentes países, incluindo o Brasil.
Agora, um estudo realizado no Laboratório de Bio-Inorgânica e Toxicologia Ambiental (Labita) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), apontou que a forma química desses metais pode influenciar de forma direta e de modos diferentes o nível de toxicidade neurológica (neurotoxicidade) que exercem em animais e humanos.
"Identificamos que a especiação [forma] química do manganês e do alumínio pode influenciar diretamente os efeitos neurotóxicos provocados por esses metais em animais e humanos", disse Raúl Bonne Hernández, coordenador do projeto.
Estudos já indicavam que a exposição crônica ao manganês e ao alumínio promovem alterações no metabolismo energético animal e humano e contribuem para a diminuição das capacidades cognitiva e motora.
Por meio de estudos com o peixe-zebra (Danio rerio) - espécie de peixe cujo genoma é quase 70% semelhante ao humano -, os pesquisadores confirmaram essas hipóteses e observaram, além disso, que o manganês e o alumínio promovem diferentes efeitos neurotóxicos no animal de acordo com a ligação ou não com outros elementos químicos.
Toxicidade do alumínio
Com relação ao alumínio, os cientistas constataram que o metal ligado a moléculas de água ou hidroxila, e também na forma polimérica, parece ser mais tóxico do que o metal solúvel e ligado aos sais citrato e tartarato, por exemplo, usados como conservantes de alimentos.
"Esses resultados, de forma conjunta, apontam para uma confirmação parcial das nossas hipóteses de que a forma química do alumínio e do manganês influencia o nível de neurotoxicidade em animais e humanos", disse Hernández.
Segundo ele, por muito tempo se pensou que o alumínio era um elemento inócuo. Por isso, ao longo dos anos uma série de alimentos e bebidas foi envasada em embalagens enlatadas feitas com o metal.
O que se descobriu mais recentemente, no entanto, é que ingredientes usados para conservar os alimentos e bebidas nesse tipo de embalagem - como citratos e tartaratos - são capazes de solubilizar pequenas frações de alumínio.
"Essas pequenas frações do metal solubilizadas por citratos e tartaratos podem influenciar eventos relacionados à exposição ao alumínio pela via alimentar, embora sejam considerados eventos não agudos", afirmou Hernández.
Toxicidade do manganês
Já ao expor peixes-zebra em diferentes estágios de desenvolvimento a diversas misturas de manganês com outros elementos químicos, os pesquisadores constataram que o manganês causou mais efeitos tóxicos e induziu mais alterações neurocognitivas e locomotoras no animal na presença de citrato do que em sua forma pura.
Estas alterações podem estar associadas à disfunção em vias de síntese de proteínas como a do grupo beta-amiloide - que se acumulam e formam placas nas regiões do cérebro responsáveis pela memória e a linguagem em pacientes com Alzheimer - e de outros metabólitos alterados em pacientes com a doença de Parkinson.
Como o manganês é um elemento essencial para os seres humanos, especialmente durante o desenvolvimento, achava-se que os limites de exposição a esse metal poderiam ser um pouco mais altos que os estabelecidos hoje. Com isso, a exposição aguda e crônica pelo ar ao metal na forma de material particulado recebeu maior atenção do que pela ingestão de alimentos ou de água.
Trabalhadores dos setores de siderurgia e de mineração eram considerados alguns dos poucos grupos humanos vulneráveis à exposição ao manganês, ao trabalhar em áreas mais propensas ao contato direto com ar contaminado com partículas do metal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) tem, no entanto, chamado a atenção nos últimos anos para o fato de que há vários lugares no planeta - incluindo países desenvolvidos e em desenvolvimento - onde se observa diminuição na capacidade cognitiva de crianças expostas a grandes concentrações de manganês na água e no ar, principalmente em áreas de mineração, ressaltou o pesquisador.
"Hoje são observados casos de exposição ao manganês em regiões de desenvolvimento econômico muito baixo, como Bangladesh, e em regiões mais desenvolvidas, na China e no Canadá, onde há relatos de grupos populacionais que consomem água com níveis de manganês em concentrações permitidas pela legislação ambiental do país, mas que apresentaram problemas de diminuição das capacidades cognitiva e motora", contou.
No Brasil, segundo Hernández, estudos epidemiológicos realizados entre 2000 e 2011 também apontaram casos de crianças e mulheres grávidas no município de Simões Filho, na Bahia, onde há atividade de mineração, que apresentam alterações neurocomportamentais pela exposição crônica ao manganês na forma de material particulado no ar em concentrações também consideradas seguras por órgãos como a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e da União Europeia.
Um dos fatores que contribuíram para esse problema, segundo o pesquisador, é que os valores de exposição ao metal considerados seguros foram estimados, majoritariamente, com base em dados epidemiológicos de adultos expostos ocupacionalmente - como os trabalhadores dos setores siderúrgico e de mineração - e foram extrapolados para crianças.
"Isso sinaliza a necessidade de mais estudos em modelos animais durante seu desenvolvimento e a integração dos resultados dessas pesquisas com avaliações epidemiológicas", disse Hernández.
Fonte: Diário da Saúde