segunda-feira, 27 de outubro de 2014

CERVEJA SEM ALCOOL – BENEFÍCIO PARA MARATONISTAS E CORREDORES


A prática de atividade física mais intensa e ou mais prolongada costuma trazer alguns problemas para os atletas e praticantes.
Um episódio muito frequente é o quadro inflamatório do dia seguinte, que origina a chamada Dor Muscular de Início Tardio, que certamente é conhecida de qualquer praticante de corridas longas e das demais modalidades de longa duração como ciclismo e natação.
Outro episódio que costuma ocorrer, principalmente após maratonas e triatlos é uma maior incidência de problemas do trato respiratório superior, como gripes e resfriados que costumam aparecer nos dias subsequentes às provas. Este é um problema associado a alterações da resposta imunológica de característica transitória.
Um grupo de pesquisadores liderados por cientistas da Universidade de Munique na Alemanha conduziu um estudo que procurou investigar o benefício dos polifenóis na proteção deste quadro em corredores de maratona. Os pesquisadores escolheram como uma fonte abundante de polifenóis uma bebida que certamente não costuma ser associada ao exercício: a cerveja sem álcool. A razão da escolha é que um litro de cerveja sem álcool contém de 400 a 800 miligramas de polifenóis, dosagem suficiente para este efeito protetor.
O estudo que foi publicado no Medicine and Science in Sports and Exercise. (Nonalcoholic Beer Reduces Inflamation and Incidence of Respiratory Tract Illness) obteve interessantes resultados:
Foram analisados 277 participantes da maratona de Munique, divididos em 2 grupos. Um grupo era usado como controle sem ingestão de nada associado ao protocolo, enquanto outro grupo era orientado a consumir cerca de 1 litro de cerveja sem álcool por dia durante 3 semanas, antes da maratona e durante 2 semanas após a prova.
A comparação dos 2 grupos mostrou: No grupo que consumiu a cerveja sem álcool, houve uma sensível redução do quadro inflamatório que causa a dor muscular tardia, e também praticamente não houve incidência de gripes e resfriados nos dias subsequentes à competição, contrariamente ao grupo controle onde vários casos de problemas respiratórios apareceram após a competição.
Trata-se de uma interessante evidência que traz uma informação que confirma a grande importância dos chamados polifenóis, que são identificados como substâncias de rápida absorção, com habilidade de aumentar a capacidade antioxidante do organismo.