segunda-feira, 22 de junho de 2015

ÁGUA E EMAGRECIMENTO

POST por Paula Fortes - Competente professora de Educação Física:

A água tem funções FUNDAMENTAIS para o funcionamento do organismo, que serão explicadas detalhadamente abaixo.
Outra função que muito interessa a todos que desejam emagrecer, é a sua eficácia na diminuição e controle do apetite, conforme o artigo descrito mais adiante.
A falta da mesma pode gerar uma série de sintomas. Assim, a recomendação ideal para uma boa saúde é tomar 1 copo de água (200 ml) de 1 em 1 hora (Exceto quando coincidir com refeição) (Alcântara, Ícaro Alves de. Qualidade de vida é vida).
A seguir os principais sintomas causados pela baixa ingestão de água:
• Ansiedade • Cansaço • Cálculos renais • Constipação • Depressão • Diabetes • Diarréia • Dor de cabeça (Principalmente as “enxaquecas”) • Dor de garganta • Dor no estômago • Falta de ar • Infecções urinárias • Pressão alta • Reações de pele em geral (As chamadas “alergias”) • Rinite • Sensação de desmaio • Sinusite • Tontura * Dispostas em ordem alfabética e NÃO de acordo com sua importância ou prevalência!
Mas o que podem ter estes sintomas/doenças em comum?
É simples: Se não causados por uma baixa ingestão diária de água, decerto podem inúmeras vezes ser bastante agravados pela desidratação. Isto porque o sangue é composto por aproximadamente 92% de água. E a parede dos vasos sangüíneos é principalmente composta por músculos, que são constituídos em média por 60 a 70% de água, também precisando dela para poderem funcionar adequadamente (A contração de qualquer músculo depende de adequada quantidade de água para ocorrer!). Por tudo isto, fica fácil entender que sem água NÃO há circulação sangüínea adequada, o que leva a distúrbios da pressão sangüínea e até à falta de sangue disponível para os órgãos do corpo.

Como o cérebro é um dos órgãos que mais recebe sangue, tontura, desmaios, cansaço e desânimo, associados aos distúrbios do humor, (como ansiedade e depressão) são sempre causados ou piorados por uma circulação deficiente que habitualmente prejudica muito as funções cerebrais. As dores de cabeça, tão comuns a maior parte da humanidade, são predominantemente causadas por circulação cerebral deficiente, mas, também, por problemas visuais, sendo a enxaqueca uma das principais cefaléias que melhora com a ingestão adequada de água. Até os sintomas do diabetes melhoram se há água o suficiente em circulação para “diluir” o excesso de glicose e eliminá-lo pela urina.
• Os intestinos somente funcionam quando há água e fibras em quantidade suficiente para formar bolo fecal adequado. Sendo assim, NÃO há como curar quadros de constipação ou diarréia sem ambas.
• A desidratação provoca o ressecamento da boca e garganta (A saliva é composta basicamente por água), bem como das vias aéreas, tornando-as mais facilmente inflamadas e até infeccionadas, causando ou piorando quadros de sinutites, rinites, dor de garganta e falta de ar.
• Por mecanismo similar, a desidratação resseca a pele, tornando-a mais vulnerável a reações inflamatórias e infecções por fragilizar sua barreira natural contra microorganismos nocivos.
• O estômago é um grande “saco” muscular, contendo ácido bastante forte, auxiliar dos processos digestivos. Quando deixamos de fazer as refeições de 3 em 3 horas e/ou de tomar água de hora em hora, este ácido fica ainda mais forte e aumenta em quantidade o que pode a curto prazo levar a azia e queimação e, a médio e longo prazo, a gastrites e úlceras.
• Os cálculos renais (Pedras nos rins) e infecções urinárias são MUITO mais raros em quem ingere líquidos abundantemente por um motivo muito simples: A água dilui e “lava” o excesso de cristais (Causadores das “pedras”, quando se juntam) e de bactérias e vírus (Principais responsáveis pelas infecções). Fica

claro, portanto, que quem não quer freqüentar tanto os hospitais por aí deve, antes de mais nada, tomar água direito... Matematicamente: Se o corpo é 60 a 70% de água (Só para ilustrar, uma pessoa de 70kg tem 40 a 50 kg de água em si) e perde diariamente 2,5 litros de água (Cerca de 800 ml pela expiração e urina, 1,2 litro pela transpiração e 0,6 litro pelas evacuações fecais), por dia perdemos cerca de 3% do nosso peso total. Significa dizer que, sem reposição, muito menos de 20 dias poderia levar alguém à morte. A realidade, porém, é outra: A ingestão regular de água é tão importante que, quando a perda de água atinge cerca de um litro o cérebro começa a acusar sede, porque já está enfrentando desidratação leve. Quando o prejuízo chega a 2 litros, além de muita sede, há sensação de cansaço e mal-estar geral, freqüentemente associados a dor de cabeça e tontura. Mais do que isso, já leva a risco real para a integridade do corpo, uma vez que os rins já começam a sofrer por falta de sangue. Por quê? Porque os rins têm a função de filtrar o sangue e controlar a pressão sangüínea, assim eliminando excesso de água, sais e substâncias “nitrogenadas” (Originadas sobretudo do metabolismo das proteínas), através da produção da urina. A urina é basicamente composta por água que é “retirada” do sangue pelos rins, ou seja, todo sangue que passar pelos rins irá perder água. Sendo assim, se o corpo está enfrentando escassez de água, o que faz? Entre tantos outros mecanismos, “desvia” o máximo de sangue que pode dos rins! Com isto falta sangue para os rins o que os faz sofrer pela falta de água e nutrientes, bem como oxigênio, todos provenientes do sangue. Desnecessário dizer a conseqüência disto, não? Os rins passam a apresentar diversos distúrbios, podendo levar a sérias conseqüências que, a longo prazo, podem até ocasionar insuficiência renal que, não raras vezes, obriga o paciente a submeter-se procedimentos de diálise, por vezes diários, para sobreviver. De fato, sobrevive-se semanas em jejum, mas, muito raramente, mais que poucos dias sem água. Pense nisso.
Adicionalmente, além de tudo o que já foi dito anteriormente:
• A água regula a temperatura do nosso corpo, sendo a principal forma de eliminação de calor do mesmo. É por isto que suamos quando praticamos

exercícios físicos: O exercício aumenta a temperatura corporal que, para não atingir níveis perigosos, elimina este excesso de temperatura, aquecendo a água que será eliminada, sobretudo, via transpiração, expiração (Umidade do ar expirado) e urina.
• Conforme já dito, o sangue é composto por mais de 90% de água e sua função ao circular pelo corpo é levar oxigênio e nutrientes para os tecidos bem como retirar deles toxinas e gás carbônico. As toxinas são levadas para fígado, rins e intestinos para serem eliminadas e o gás carbônico para os pulmões, onde é novamente trocado por oxigênio. Sendo assim, se você ingere pouco líquido, naturalmente, terá uma circulação sangüínea de pior qualidade e, com isto, sofrerá, todo o seu corpo, privações desnecessárias e evitáveis, podendo desenvolver ou piorar varizes, “inchaços”, “dormências” (sobretudo de membros superiores e inferiores) e até condições de saúde mais sérias, a exemplo de insuficiência cardíca ou mesmo acidentes vasculares.
• Na falta de água fica prejudicado o sistema natural de limpeza e desintoxicação do organismo, que normalmente utiliza fezes e urina (produzidos, respectivamente, pelos intestinos e rins) como principal via de eliminação. Com o mau funcionamento destes, são sobrecarregados os outros 3 componentes deste sistema: Pele, pulmões e circulação linfática. Quando a pele é sobrecarregada de toxinas, perde a vitalidade, piora seu aspecto e são gerados acnes e cravos em grande quantidade, com facilidade maior para sangramentos, infecções e reações “alérgicas” (Cabelos e unhas, classificados como “anexos da pele” também sofrem muito com isto). Já a sobrecarga dos pulmões facilita a ocorrência de infecções respiratórias. A circulação linfática, já naturalmente lenta, quando sobrecarregada de toxinas fica ainda mais lenta, perdendo com mais facilidade a água e toxinas que contém para os tecidos ao seu redor, assim facilitando a ocorrência dos edemas (“inchaços) por todo o corpo mas, sobretudo, nas pernas. Por tudo isto, fica fácil inferir que, quanto menos água no organismo, maior o acúmulo de toxinas e, por conseguinte, menos saúde e menos qualidade de vida tem o indivíduo. Principal conseqüência indesejável, pois: Envelhecimento precoce do corpo, como um todo.
• Basicamente, cada pessoa precisa de 30 a 40 ml de água por quilo de peso corporal por dia. Entretanto, esta necessidade aumenta ainda mais, por exemplo, se o dia está quente, se você pratica exercícios físicos, com o stress, etc porque estes aumentam a perda de água diária pelo organismo. O stress, por exemplo, exige mais do organismo, aumentando batimentos cardíacos, pressão sangüínea, atividade muscular, etc o que aumenta não só o consumo de energia, mas, também, de água. E por falar em exercício físico, este só é benéfico e produtivo, se for precedido, seguido e acompanhado pela ingesta de água, pois lembre-se: A contração de qualquer músculo (na verdade, o funcionamento de toda e qualquer estrutura do corpo) depende de água para acontecer adequadamente, direta ou indiretamente (Alcântara, Ícaro Alves de. Qualidade de vida é vida).
A seguir, vamos à questão específica do Emagrecimento, tão almejado pela maioria das pessoas.
O papel da água no emagrecimento
(Por Paulo Gentil)
Certamente a reposição hídrica é vital, mas hoje pretendo mostra o papel que a ingestão de líquido pode ter no emagrecimento.
O controle da ingestão de alimentos pode ser feito de duas formas: pelo sistema nervoso (vontade de comer) e pelo sistema digestivo (“barriga cheia”). É justamente no segundo caso que a ingestão de líquidos lhe ajudará. O estômago humano tem a capacidade limitada de dilatar até um volume de cerca de 2 litros. Desta forma a ingestão de líquidos ao longo do dia e principalmente antes das refeições manterá seu estômago relativamente preenchido, diminuindo a demanda de alimentos.


Esta teoria foi testada por um grupo de pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia, que realizaram um estudo onde administraram-se 300, 450 ou 600 ml de líquidos 30 minutos antes do almoço (feito no estilo self-service, com comida a vontade), depois do almoço todos foram orientados a não ingerir nada calórico por mais de 4 horas, quando foi servido o jantar.
O número de calorias consumidas nas duas refeições foi o seguinte:
Volume de líquido
Calorias no almoço (kcal)
Consumo no jantar (kcal)
Sem líquido
1033
1291
300ml
758
1205
450ml
698
1135
600ml
625
1124


Estes resultados corroboram a idéia que o volume de alimento ingerido (líquido + sólido) regula o apetite independentemente das sensações geradas através do paladar. Além de todos os outros que você já ouviu, aí esta mais um motivo para você se hidratar corretamente!
Profa. Esp. Paula Fortes CREF 014132/G-RJ
Site: personalpaulafortes.wix.com/treinoesaude
Referências Bibliográficas:
- Alcântara, Ícaro Alves de. Qualidade de vida é vida